Hakan Samuelsson, patrão da Volvo, quer compromisso total com a mobilidade elétrica

Hakan Samuelsson, patrão da Volvo, quer compromisso total com a mobilidade elétrica

03/12/2020 0 Por Autoblogue
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O CEO da Volvo é um acérrimo defensor da mobilidade elétrica e entende que a indústria automóvel deveria ter um compromisso total com o futuro.

A Volvo vai ter a sua gama composta, exclusivamente, com modelos Plug In e 100% elétricos em 2025, tornando-se numa marca 100% elétrica nos próximos 20 anos.

E numa alocução no evento “Financial Times – Future of The Car”, Hakan Samuelsson, CEO da Volvo, disse, de forma clara, que os veículos elétricos são o futuro e que “mais tempo mantivermos as alternativas em aberto, mais lentamente elas acabarão.”

Acrescentou que “a pandemia de Covid-19 aumentou a constatação que a indústria automóvel tem de mudar. Na Volvo acreditamos que a eletrificação é a única via possível e por isso aceitámos que nos vamos transformar numa marca de automóveis 100% elétricos.”

E os consumidores, estão prontos para a mudança? “Acreditamos que estamos 50/50. Assim que tivermos carros elétricos no stand, as pessoas vão seguir a tecnologia.” O sueco antecipa que a mudança acontecerá mais rapidamente do que sucedeu na passagem dos telefones comuns para os “smartphones”. “É a mesma coisa que o telefone há 15 anos quando dizíamos ‘quer um telefone com botões ou com um ecrã sensível ao toque?’”

O CEO da Volvo referiu que “se não vendermos carros elétricos, ninguém vai investir na rede de carregamento. Ou seja, essa não pode ser a desculpa para esperarmos até que a rede de carregamento seja a ideal. A rede será construída e desenvolver-se-á quanto mais carros elétricos existirem. E não me parece que alguém, tenha, neste momento, problemas para carregar os seus carros. No nosso ponto de vista, a indústria automóvel vai tornar-se elétrica e quanto mais claro for esse sinal, mais depressa a mudança se fará.”

Curiosamente, Hakan Samuelsson entende que decisões como a do Reino Unido de banir os carros com motor de combustão em 2030 não é uma boa decisão. “É um bocado cedo e não é uma boa ideia. Tenho de dizer que a Volvo, há 40 anos, fez grande esforço em termos de segurança, e mais tarde surgiram os cintos de segurança e os airbags entre outras coisas. Foi relativamente rápido e melhorou a mobilidade. Por isso, provavelmente, precisamos de algo impactante e regras claras para que a mobilidade elétrica ganhe tração.”

“Assim que percebermos que a gasolina e o gasóleo não fazem parte do futuro, vamos dizer ‘muito bem, vamos a correr para o novo mundo’. Chegámos a essa conclusão na Volvo, mas seremos muito cautelosos em vender apenas veículos 100% elétricos antes deles serem obrigatórios” sustentou o CEO da Volvo.

Já sobre a data em que irá descontinuar os motores de combustão interna, Samuelsson foi cauteloso e disse aquilo que todos os CEO dizem. “Será o cliente a decidir. Teremos híbridos, mas não ficaria espantado se começássemos a entregar apenas carros elétricos já a partir de 2030. O tempo dar-nos-á o sinal para acelerar ou não nesse caminho.”

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