Ensaio Opel Corsa 1.2 Turbo Elegance: provavelmente o melhor Corsa de sempre

Ensaio Opel Corsa 1.2 Turbo Elegance: provavelmente o melhor Corsa de sempre

21/12/2020 0 Por Autoblogue
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Não é como a cerveja, mas a verdade é que o Corsa é um nome reconhecido no universo automóvel que já vendeu mais de 14 milhões de unidades, 600 mil das quais em Portugal. O que vale, afinal, este novo Opel Corsa? É isso que vamos lhe contar neste ensaio.

Rating: 3 out of 5.
  • A Favor – Qualidade, Comportamento, Interior
  • Contra – Habitabilidade traseira, acessibilidade

A quinta geração do Opel Corsa é importante. Porque é o primeiro feito totalmente debaixo do chapéu PSA. Porque representa o esforço enorme da equipa alemã de Russellsheim depois da PSA ter rejeitado o projeto original. Porque o carro foi feito em pouco tempo com base numa plataforma desconhecida. Enfim, porque a ideia de oferta de gama com possibilidade de modelo elétrico, alterou tudo aquilo que estava previsto.

Afinal, como é este novo Corsa?

Bom, em primeiro lugar dizer que o Corsa feito dentro de todos estes condicionalismos é um excelente carro. Depois, sendo, na essência, o mesmo carro que o Peugeot 208, o Corsa tem uma identidade própria, no exterior e no interior. 

E não vale a pena bater na tecla que é um 208 com outro nome: até pode ter a mesma base, mas o Corsa é um carro diferente do Peugeot!

O que dizer do estilo do Corsa?

O Corsa não vai ganhar nenhum concurso de elegância e, é verdade, o 208 é mais giro que o “irmão” alemão.

Porém, isso não quer dizer que o Corsa seja filho de um deus menor. Tem um estilo maduro, feito de linhas tensas e curvas, uma volumetria compacta e um ar desportivo, mesmo que não um desenho de nos tirar a respiração.

E tudo sem deixar de ter os elementos habituais do estilo da Opel: as luzes diurnas em forma de boomerang, o corte no pilar C, os farolins traseiros estreitos e nos cantos, aos quais e juntam cavas das rodas redondas e bem preenchidas.

Como é o interior do Corsa?

Temos direito a uma excelente posição de condução. O salto face ao anterior modelo é perfeitamente visível, com materiais de qualidade superior e uma montagem praticamente sem falhas. No centro do tabliê está um ecrã com 7 polegadas que cresce para 10 polegadas nos modelos de topo com o sistema de navegação Pro. Há ali um ou outro detalhe na moldura deste ecrã que nos fazem coçar a cabeça, mas tudo o resto está bem distribuído – os comandos da climatização estão mais abaixo – com muita coisa a ser controlada através do ecrã do sistema de info entretenimento. 

O painel de instrumentos pode ser digital, mas não é totalmente digital, o que dá um aspeto um bocadinho estranho. 

Uma preocupação pode ser o espaço interior que, atrás, pode ser um nadinha acanhado para mais que dois. E se quem conduzir for muito alto, quem segue atrás arruma com dificuldade os pés e as pernas. A acessibilidade também não é brilhante, especialmente nas portas traseiras. Os mais idosos – e sei do que falo que a minha mãe tem 82 anos… – e colocar uma criança na cadeirinha, podem ser ações complicadas. 

A bagageira não é imensa – tem 309 litros – mas suficiente para o segmento do Corsa e há detalhes que tornam o interior um local agradável para se viver.

Como é a mecânica e os consumos do Corsa?

O bloco Pueretech do grupo PSA é um dos melhores do segmento. Não parece um três cilindros. É suave e silencioso e, acima de tudo, rima bem com a caixa manual de 6 velocidades. A aceleração e as retomas de aceleração não são de tirar o fôlego, mas o motor consegue ser divertido dentro de limites naturais de um bloco com 100 CV e 205 Nm de binário num carro citadino.

No que toca aos consumos, a Opel reclama menos de cinco litros de gasolina por cada centena de quilómetros. Não consegui, confesso, descer tão baixo, mas consegui uns surpreendentes 5,9 l/100 km.

Como é o comportamento do Corsa?

Assente numa posição de condução muito boa, o Corsa oferece-nos excelentes momentos de condução. O carro é compacto, tem as quatro rodas em cada canto e sendo firme em termos molas e amortecedores, controla muito bem os movimentos da carroçaria.

A direção não é um primor de sensibilidade, mas é suficientemente precisa e com o peso correto para nos divertirmos ao volante.

O Corsa muda facilmente de direção e não sendo, de todo, um desportivo, conseguimos com 100 CV chegar a casa com um sorriso nos lábios. Honestamente, gostei mesmo muito do comportamento do Corsa. 

Qual a minha opinião sobre o Corsa 1.2 Turbo?

Há muita coisa para gostar no novo Corsa e este ensaio destacou o estilo e a forma como pisa a estrada e lida com as curvas. Tem defeitos, claro. Para quem passa mais tempo no banco traseiro, o espaço não é brilhante e a acessibilidade também não, especialmente para os lugares traseiros. Mas tirando isso, está aqui um belo automóvel que honra a sua herança e permite à Opel encarar os rivais.

Ficha técnica

Motor

Tipo: 3 cil. em linha, injelção direta, turbo com intercooler

Cilindrada (cm3): 1199

Diâmetro x Curso (mm): nd

Taxa de Compressão: nd

Potência máxima (CV/rpm): 100/5500

Binário máximo (Nm/rpm): 205/1750

Transmissão: dianyeira, caixa manual de 6 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Tipo McPherson/eixo de torção

Travões (fr/tr): Discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 9,9

Velocidade máxima (km/h): 194

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 3,6/5,2/4,2

Emissões CO2 (gr/km): 96

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4060/1765/1435

Distância entre eixos (mm): 2538

Largura de vias (fr/tr mm): 1501/1500

Peso (kg): 1090

Capacidade da bagageira (l): 309

Deposito de combustível (l): 44

Pneus (fr/tr): 195/55 R16

Preço da versão Ensaiada (Euros): 19.160

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