
Aqui estão as mais recentes informações sobre a plataforma elétrica da Renault
23/12/2020
Gilles Le Borgne, diretor de engenharia da Renault, falou ao Automotive News Europe e divulgou mais alguns pormenores sobre a plataforma elétrica da casa francesa.
Chama-se CMF-EV e estará disponível dentro da Aliança Renault Nissan Mitsubishi, sendo estreada pelo novo Nissan Ariya e será a base do futuro Renault Megane.
A CMF-EV teve um custo de desenvolvimento de 500 milhões de euros e está a ser supervisionada pela Nissan no Japão.
Feita em aço, a CMF-EV pode servir de base a veículos entre 4 e 4,7 metros. Luca de Meo, o CEO da Renault, já tinha afirmado que a marca francesa iria reforçar a sua presença no segmento C e a CMF-EV dá-lhe essa possibilidade.
Segundo as informações disponíveis, a plataforma CMF-EV foi concebida para acolher baterias no centro entre os eixos, com o motor elétrico colocado á frente nos modelos de tração dianteira. Para ter tração integral, há a possibilidade de colocar outro motor elétrico no eixo traseiro.
Pode ter várias capacidades de baterias: 40, 60 e 87 kWh. Com a primeira, haverá um motor de 217 CV que permitirá uma autonomia de 450 km. A uma velocidade de 120 km/h, a autonomia de 300 km. As restantes podem ter vários motores e autonomia, dependendo do número de motores e da capacidade da bateria.
A Aliança Renault Nissan Mitsubishi tem como fornecedor de baterias a LG Chem, com apenas 10% de cobalto e uma densidade energética de 270 wh/kg.
Ou seja, ligeiramente acima dos 265 wh/kg anunciados pela VW para os seus modelos ID. Seja como for, são valores excelentes pois a média atual de densidade das baterias ronda os 200 wh/kg.
O peso da bateria de 60 kWh terá um peso de 400kgs, cifra que é aferida depois de sabermos o peso do Megane eVision de 1650 kgs.
Claro que estes valores serão revistos até que o Megane, por exemplo, surja no mercado.
Segundo Gilles Le Borgne, “todos os 18 ou 24 meses, vemos a densidade energética aumentar devido ao progresso da química. Ou seja, com a mesma dimensão teremos muito mais potência ou pelo menos a mesma a custos reduzidos.”
Seja como for, a Aliança vai, rapidamente, acelerar a sua utilização e o mais interessante é que a Alpine poderá usar a CMF-EV no alargamento da gama da casa de Dieppe.