
ACEA reage ao acordo alcançado entre o Reino Unido e a União Europeia
24/12/2020
A Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA) já reagiu ao acordo assinado há horas para o Brexit.
Segundo o diretor geral da ACEA, Eric-Mark Huitema, “não há outra indústria que esteja tão integrada do que a indústria automóvel europeia, com complexas cadeiras de fornecimento que se espalha por toda a região.”
Por essa razão, a ACEA acolhe com satisfação o acordo alcançado entre o Reino Unido e a União Europeia.
Nas palavras da associação, “o acordo é um grande alívio para os construtores presentes na Europa, evitando, assim, o efeito catastrófico que um não acordo sobre o Brexit iria provocar.”
Apesar deste alívio, a ACEA não pode, ainda, fazer uma avaliação definitiva sobre as implicações do acordo, pois é fresco e faltam pormenores que não foram divulgados.
Quando forem conhecidas todas as alíneas do acordo é que a ACEA terá uma opinião mais educada e concisa.
A única certeza do diretor geral da ACEA é que “o impacto da inexistência de um acordo sobre o Brexit na indústria automóvel teria sido, simplesmente, devastador.” Por isso, a ACEA “foi a primeira organização a ficar aliviada com este acordo, alcançado antes que o período de transição terminasse.”
Porém, Eric-Mark Huitema reconhece que “grandes desafios ainda estão no caminho, particularmente a nova forma de desalfandegamento que entrará em vigor no dia 1 de janeiro de 2021.”
Recordamos que a construção de um carro exige cerca de 30 mil peças – mais para um comercial – e que a indústria automóvel está assente num sistema de “just in time” onde o fluxo de entregas é elevado.
Seja como for, o fardo que vai ficar em cima dos construtores será maior, pois há regulamentos que vão ser alterados. Mesmo assim, um acordo é sempre melhor que um não acordo, especialmente para uma indústria que negoceia com o Reino Unido 3 milhões de veículos no valor de 54 mil milhões de euros e um movimento no Canal da Mancha de peças de quase 14 mil milhões de euros.