Modelos Mazda ganham estatuto de clássicos

Modelos Mazda ganham estatuto de clássicos

29/01/2021 0 Por Autoblogue
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Apesar dos modelos atuais serem mais seguros, terem mais qualidade, conforto e eficiência, a beleza e sedução dos modelos do passado é inegável. A Mazda possui na sua gama vários modelos que têm estatuto de clássico.

O apelo intrínseco do universo dos automóveis clássicos é muito abrangente e está bem patente um pouco por toda a Europa. Dele fazem parte, não só os chamados “petrolheads”, como também os entusiastas da engenharia, do design e da própria história do automóvel. Mas qual é o seu fascínio? 

Os veículos clássicos destacam-se pelo seu estilo distinto, permitindo que um indivíduo marque uma posição relativamente à sua personalidade e gostos, bem como no que diz respeito à sua própria atitude perante a condução. 

Permitem, ainda, o contacto de pessoas que têm em comum essa mesma cultura, reunindo-se numa comunidade que promove encontros regulares aos fins-de-semana, seja em exposições de veículos clássicos, em provas de ralis e/ou regularidade ou em qualquer outro tipo de evento. 

É, também, uma forma de relembrarem a sua própria juventude, associando, inevitavelmente, os seus automóveis a momentos marcantes das suas vidas. E, para além disso, quem é que se esquece daquele que foi o seu primeiro carro?

Alguns modelos podem, ainda, valorizar-se no mercado dos usados ou dos colecionadores. 

Os automóveis clássicos conseguem ser, por vezes, económicos a nível de utilização, pois podem usufruir, consoante o país, de um imposto de circulação mais reduzido, de seguros mais acessíveis ou até de determinadas isenções de restrições de circulação em zonas de baixas emissões. 

Na União Europeia, para que um automóvel possa ser considerado um clássico, deverá ter, pelo menos, 30 anos, assim como deverá estar em boas condições de conservação, ou seja, o mais original possível.

São vários os modelos da Mazda que têm atingindo os 30 anos de vida, fator que lhes abre as portas a esse estatuto de clássico. 

Um deles é o eterno Mazda MX-5. Inspirado nos económicos “roadsters” das décadas de 1950 e ’60, o “NA” foi lançado na Europa em 1990. O modelo esgotou quase de imediato, deixando muitos compradores em lista de espera durante um ano, para finalmente conseguirem o seu exemplar. 

Nesse ano foram vendidas cerca de 14.000 unidades na Europa, incluindo 2.290 exemplares de uma edição limitada com carroçaria pintada na cor British Racing Green, naquela que foi a primeira Edição Especial do MX-5 para a Europa.

Graças ao seu design e construção de baixo peso, ao seu divertido comportamento dinâmico e preço acessível, o MX-5 fez renascer um segmento de mercado virtualmente extinto. 

De facto, viria a tornar-se no veículo de dois lugares mais popular de sempre, tendo, presentemente, vendas acumuladas de mais de 1,1 milhões de unidades, divididas pelas suas quatro gerações. 

Elogiado pela sua pureza e fiabilidade, o “NA” é, ainda hoje muito popular, sendo uma presença habitual em eventos de modelos clássicos um pouco por toda a Europa e representa o núcleo de uma coesa e vasta comunidade global dedicada ao MX-5, representada por inúmeros clubes que se dedicam, em exclusivo, ao automóvel considerado por muitos como aquele que proporciona “a melhor média de sorrisos por cada 100 quilómetros”. Não é por acaso que a Mazda desenhou a atual geração (“ND”) de forma a representar aquilo que os fãs mais apreciam no MX-5 “NA”, o original.

Depois do MX-5, surgiram na Europa dois novos modelos da família “MX”, com a revelação do Mazda MX-3 e do Mazda MX-6 no Salão de Frankfurt de 1991. 

Diferenciando-se de outros coupés desportivos médios, o MX-6 estava disponível com um sistema opcional de quatro rodas direcionais e com um motor V6 com 24 válvulas. Já o mais pequeno e económico MX-3 era um compacto “2+2” que se destacava pela sua dinâmica e pelo seu rotativo motor V6, com 1.8 litros de cilindrada, de 133 cavalos, à altura o mais pequeno motor V6 de produção do mundo. Cumpria a aceleração dos 0 aos 100 km/h em cerca de 8,5 segundos e superava os 200 km/h de velocidade máxima.

Tomemos como exemplo o Mazda 323. Antecessor do atual Mazda3, o modelo foi lançado na Europa através de duas unidades que ligaram a cidade de Hiroshima ao Salão de Frankfurt de 1977, numa viagem de cerca de 15.000 quilómetros que durou 40 dias, durante a qual não se registaram quaisquer avarias. 

A sua fiabilidade e versatilidade fizeram do 323 um dos modelos de importação mais populares na Europa, registando um recorde de vendas em 1991 para um modelo japonês na Alemanha.

Este compacto estava disponível em vários formatos de carroçaria, incluindo um 323F mais desportivo, mas igualmente familiar, um coupé de cinco portas com faróis escamoteáveis (tal como a primeira geração do MX-5), juntamente com as carroçarias “hatchback”, berlina e carrinha. A Mazda comercializou-o no continente europeu, inclusivamente, uma versão com motor turbo e tração integral baseada nos seus bem-sucedidos modelos de ralis, com diferenciais autoblocantes e uma potência de 185 cavalos, unidades que são agora muito procuradas por colecionadores.

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