Incentivo à compra de carro elétrico na Alemanha pode chegar a 9.000€… explosão de vendas explicada!
06/05/2021
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O primeiro trimestre de 2021 conheceu expressivo aumento de vendas com a Tesla a dominar. Por enquanto…
Sem surpresa, os modelos mais vendidos no segmento dos carros 100% elétricos, segundo os dados da JATO Dynamics, foram os SUV. Mas, curiosamente, o segmento que mais vendeu carros elétricos foi o médio com uma quota de mercado de 17%. “Culpa” do Tesla Model 3, amplamente procurado no Velho Continente no orimeiro trimestre de 2021.
Contas feitas, as vendas de modelos 100% elétricos cresceu… 55% para 197.157 unidades, o que faz os analistas pensar que a Europa poderá vender em 2021 mais de um milhão de carros alimentados a baterias.
Diz a ACAE que no primeiro trimestre, as vendas de carros elétricos representaram 6,6% do total das vendas na Europa, com o Tesla Model 3 a chegar ao quarto lugar dos modelos mais vendidos atrás de VW Golf, Peugeot 208 e Opel Corsa. Foram vendidos um total de 23.507 unidades, de acordo com os números da JATO Dynamics.
Se até há pouco tempo eram os mercados nórdicos os grandes clientes dos veículos elétricos, a generosidade do Governo alemão no que toca a subsidiar a compra de veículos elétrico transferiu o foco para a Alemanha.
Obviamente que a medida tem como objetivo proteger a indústria alemã, mas ajuda a transformar o país no íman que as marcas precisam para escoar a produção excedentária de modelos elétricos. E, assim, cumprirem com as normas de emissões de CO2.
Não estranha, por isso, que a Alemanha tenha sido o país europeu responsável por um terço dos modelos vendido no Velho Continente em formato 100% elétrico, híbrido ou híbrido Plug In.
Contas feitas, foram vendidos 63.732 carros elétricos na Alemanha, graças aos pacotes de incentivos que podem chegar aos 9 mil euros! Um exemplo: um Hyundai Kauai Electric, o 4º modelo mais vendido na Europa entre os 100% elétricos, oferecia 850 euros de bónus logo à cabeça e uma mensalidade de 139 euros!
Outro foco de crescimento está os utilitários e citadinos. Os incentivos levaram a intensa procura e o crescimento foi de 16% com algumas marcas a não conseguirem acompanhar este ritmo, seja por falta de baterias, seja por incapacidade de produção.
O modelo mais vendido foi o VW e-Up com 8.589 unidades, mais 126% que em igual período de 2020. Seguem-se o Smart ForTwo com 7.158 unidades (mais 201%) e o Fiat 500 com 7.122 unidades. E perguntam, onde fica o Zoe?
Os incentivos e as novidades chegadas ao mercado atingiram em cheio o modelo da Renault, até agora o modelo mais vendido na Europa. Com uma queda de 39%, o Zoe caiu para o segundo lugar da tabela do Velho Continente, imediatamente á frente do VW ID.3, com 12.383 carros vendidos.
Dentro do segmento do Zoe, a Stellantis tem dois “ponta de lança”, o e208 e o e-Coras, mas nenhum deles conseguiu chegar perto do Renault: o primeiro vendeu 9.844 unidades e o segundo 5.848.
Já a Volkswagen poderá ter aqui um problema em mãos. O ID.3 foi o terceiro carro mais vendido no primeiro trimestre de 2021 com 11.458 unidades entregues. Mas a VW lançou o ID.4 e o SUV teve imediato impacto. Já vendeu mais de 5.472 unidades, das quais 4.728 foram em março, enquanto o ID.3 vendeu 5.137 carros em março.
Na Noruega, o mercado esqueceu o ID.3 com a chegado do ID.4 e em março só foram vendidos 77 carros, contra os 856 do ID.4. O primeiro foi o 77º do ranking de vendas, o segundo foi terceiro atrás do Tesla Model 3 e do Toyota RAV4.
Sem surpresas, a Noruega foi o maior mercado europeu de veículos elétricos no primeiro trimestre com uma quota de 52% das vendas.
