Lewis Hamilton: reforma… ou nem por isso?

Lewis Hamilton: reforma… ou nem por isso?

09/05/2022 0 Por Jose Manuel Costa
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Lewis Hamilton chegou aos 37 anos, perdeu o título de 2021 de uma forma injusta para Max Verstappen e em 2022 tem entre mãos um dos piores carros feitos pela Mercedes. Tudo isto é capaz de justificar o rumor que o piloto britânico vai-se reformar no final de 2022?

Obviamente que… nim! Ninguém sabe o que vai na cabeça do prodígio britânico. Os sinais são absolutamente contraditórios. Continua muito envolvido nas batalhas das minorias – até porque sendo negro entende ser parte de uma minoria, o que no meu ponto de vista é um erro pois a cor da pela não deve fazer a diferença – na promoção da sustentabilidade e no design de moda reforçando a parceria com a Tommy Hilfiger.

Por outro lado, continua a viajar com amiúde frequência para os EUA onde se sente muito melhor que no Velho Continente.

Lewis Hamilton

Lewis Hamilton batido por Masi e Verstappen

O ano passado, conheceu um ano em que teve de lutar com um insolente Max Verstappen e sofreu na pele as diabruras do neerlandês, nomeadamente, no Brasil e na Arábia Saudita, não deixando ele de ter feito algumas diabruras também.

Mas conseguiu chegar à última prova com o título ao alcance das mãos, tendo sido espoliado do cetro por uma decisão que não foi da Mercedes nem da Red Bull, mas de um desastrado diretor de prova.

E de nada vale os defensores de Verstappen virem aqui rasgar as vestes ou atirar pedras, pois a investigação da FIA já deixou claro aquilo que já tinha dito: Masi agiu mal e teve medo da bomba lhe explodir nas mãos. Foi pior a emenda que o soneto e saiu da FIA pela porta pequena.

A perda daquele que seria o oitavo título que desempataria com Michael Schumacher, deixou marcas e Hamilton sentiu a necessidade de se isolar e depois de acabada a jornada final, evaporou-se. 

Ainda deu um sinal de descontentamento com o que aconteceu ao não comparecer na Gala da FIA e Toto Wolff correu para surgir no palco mediático lançando um “tabú”: Hamilton regressaria depois do que sucedeu no Abu Dhabi? Talvez sim… talvez não.

Lewis Hamilton manteve-se num silêncio ensurdecedor que de mão dada com as afirmações de Wolff, foram adensando o caso e, ao mesmo tempo, esvaziando o título de Verstappen. 

Falou-se mais do “tabú” do Hamilton e do erro patético de Michael Masi do que do título, justo, de Max Verstappen.

Agora, o rumor é outro: Hamilton quer sair da Fórmula 1… já! Mas, estará isso perto de ser uma verdade?

Lewis Hamiton quer reformar-se? Ou não?

Antes de responder a isso, olhemos para o Sir Lewis Hamilton. Chegou aos 37 e daqui a oito meses vai fazer 38 anos. Velho? Nem por isso! Ainda por cima, o britânico cuida muito bem de si e está no topo das suas faculdades.

Além disso, ganhou dinheiro que não vai conseguir gastar se viver até aos 200 anos e por isso o vil metal não é a cenoura que o faz correr. Tem uma equipa que cuida de todos os detalhes da sua vida competitiva e fora das pistas e é um dos nomes mais reconhecidos no mundo.

Por outro lado, é o recordista de quase tudo. Cumpriu, já, 292 Grandes Prémios – é o sexto piloto com mais GP atrás de Kimi Raikkonen (350), Fernando Alonso (338), Rubens Barrichello (323), Michael Schumacher (307) e Jenson Button (306) – 103 vitórias e 103 “pole positions”, 59 melhores voltas (2º atrás de Michael Schumacher [77]) e 4.193,5 pontos. Contabiliza 183 pódios e percorreu 5.396 voltas no comando, está há 16 anos na Fórmula 1 e tem 19 “hat trick” (pole position, melhor volta e vitória) e 6 Grand Chelem (Jim Clark é o melhor com 8).

Saiu da primeira fila da grelha 173 vezes e completou 264 GP (90,41%), finalizou, consecutivamente, 48 provas entre o GP de Espanha e o GP do Bahrain, batendo, também, o recorde de provas consecutivamente classificado com 48.

Olhando a este palmarés, fica fácil dizer que só lhe falta desempatar com Michael Schumacher a questão do maior número de título conquistados.

Motivação em alta, mas 2022 pode fazer danos?

E por isso a motivação estará em alta! Mesmo que este ano ele já tenha tirado a equipa de campo dizendo que com o W13 não chega lá. Mas continua a moralizar a Mercedes e a elogiar o trabalho de George Russell, nunca referindo algumas vicissitudes que permitem ao seu compatriota estar, claramente, à sua frente.

Obviamente que 2022 poderá fazer danos na couraça de Lewis Hamilton. Mas o britânico sabia que este ano de mudança de regulamentação poderia ser um ano complicado. 

O domínio de oito anos tinha de acabar até porque como diz o povo “não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe”. Por outro lado, Hamilton sabe mais que todos nós sobre o desenvolvimento do W13. Será muito difícil recuperar, mas a esperança continua lá. Será um teste para Lewis Hamilton, mas acredito que o britânico continuará a lutar e que em 2023, último ano do contrato com a Mercedes, caso o carro seja bom, estará a lutar pelo oitavo título que lhe abrira a porta para a liberdade. Até lá… não descartem o piloto da Mercedes.

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