
Stellantis reduz emprego e sindicatos prevêm que chegue a 30% em Itália
08/07/2022A Stellantis corta emprego em Itália após acordo com a UILM, o sindicato da metalomecânica transalpino.
Segundo a UILM (Unione Italiana Lavoratori Metalmeccanici), a mudança para a eletrificação está a colocar em risco mais de 30 por cento dos postos de trabalho na indústria automóvel.
Nesse sentido, a UILM chegou a um acordo com a Stellantis para que as operações italianas do grupo conheçam um corte superior a 1820 postos de trabalho. Já este ano!
As indemnizações e os incentivos à rescisão por mútuo acordo dependerão do posto, da função e a antiguidade do trabalhador. A Stellantis corta emprego e reduz a massa salarial.

Ou seja, um trabalhador manual que esteja a menos de quatro anos da reforma e que aceite sair receberá, pelo menos, 55 mil euros. Mais 20 mil euros adicionais se sair já em setembro.
Aos trabalhadores de escritório e à gestão intermédia pode ser oferecido um esquema de relocalização.
Certo é que a Stellantis quer acabar com a redundância e numa primeira análise ao abrigo do acord0 feito com os sindicatos, foram encontrados 480 postos de trabalho duplicados. Mas há acordo para saírem mais de 700 pessoas que, voluntariamente, aceitaram as condições para abandonar a empresa.
Apenas um sindicato, o FIOM-GCIL, não assinou o acordo com a Stellantis, e num comunicado alertou para o facto de as redundâncias poderem ser superiores a 4 mil postos de trabalho.
A Stellantis já confirmou o acordo depois de negociações que reputou de “positivas e inovadoras.” Por seu lado, GIanluca Ficco da UILM, referiu que num cenário em que 30% dos empregos na área automóvel e da metalomecânica podem desaparecer, “fazer a transição de maneira socialmente responsável e aceitável foi a prioridade.
E como diz o sindicalista “com este acordo estamos a tentar gerir por avanço o impacto da transição energética.” Ou seja, em Itália afiguram-se dias cinzentos para o emprego na indústria automóvel…